E ainda que um Rembrandt ou um Mozart possam, no futuro, ser igualados (noção, entre todas, inexacta e confusa), não podem ser superados. Há a lógica profunda de um fluxo de energia atravessando as artes, mas não progresso cumulativo, tal como o descobrimos nas ciências. Nem erros que sejam corrigidos ou teoremas que sejam refutados. Porque traz o passado dentro de si, a linguagem, ao contrário da matemática, remete-nos para trás. Tal é o sentido de Eurídice.
George Steiner, No Castelo do Barba Azul: Algumas Notas para a Redefinição de Cultura, Miguel Serras Pereira (trad.), Relógio d'Água, 1992.
George Steiner, No Castelo do Barba Azul: Algumas Notas para a Redefinição de Cultura, Miguel Serras Pereira (trad.), Relógio d'Água, 1992.
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