estugas o passo olhas para trás
medes a esperança que se esconde
na seiva de cada palavra
sustentas que há uma distância inimiga
que vai da palavra ao sangue
procuras o ponto onde o vermelho desse fruto
endoidece num movimento esquivo
rente ao coração
corres pela terra batida da estrada
os teus pés tropeçando nas pedras do caminho
adiantas a fuga vais
abrindo golpes fendas pequenas feridas
onde partilhas o trilho com a púrpura
de algumas palavras
que proferiste e lamentas e temes
no final do caminho sobes
um fechar de olhos
breve morte
de cansaço
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