Tenho os pés abrasados
do atrito das poeiras
imersos no bálsamo da água.
Tenho a voz extenuada de dizer
à água que nunca se detém:
salve, ó cheia de pressa.
Tenho rio em vez de sangue.
A. M. Pires Cabral, in Telhados de Vidro, Inês Dias e Manuel de Freitas (dir.),nº 9, Averno, Novembro de 2007.
Sem comentários:
Enviar um comentário