quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

com os lábios perseguir nas tuas mãos, a noite
que um gesto separou.
Lá fora, o muro de granito rodeia a primeira neve.
E os corvos parecem debicá-la com uma fome cheia de rancor.
Uma rapariga acena:
e a eternidade desfaz-se na clareira de um gesto

Rui Nunes, Ofício de Vésperas, Relógio d'Água, 2007

Sem comentários:

Enviar um comentário