quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Perda do deus que fui
Foi aquela tarde um tição
e depois foi violeta
todo o ar. Brancas luzes
cintilaram no céu.
E eu escuro.
Longa noite.
E ao chegar a madrugada
do corpo nasceu a sombra.
Francisco Brines
,
A Última Costa
, José Bento (trad.), Assírio & Alvim, 1997
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