Mateus 26.6.
Taças de vidro. Uma escada, a energia
das marés suspende a cana de pesca,
lança-a sob o horizonte. A vermelha
ventoinha há-de rodar até ao último sopro
do vento.
O pássaro morto, sem corda.
O metrónomo da sua dor,
Candeia. lápis, compasso anunciado dois
pontos no quadro negro da noite. Na tua
noite. Na tua morte. Não importa o nome
ratoeira onde o ar deixa feridos sons.
João Miguel Fernandes Jorge, O Barco Vazio, Colecção Forma, Editorial Presença, 1994
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