Taças de vidro. Uma escada, a energia
das marés suspende a cana de pesca,
lança-a sob o horizonte. A vermelha
ventoinha há-de rodar até ao último sopro
do vento.
O pássaro morto, sem corda.
O metrónomo da sua dor,
Candeia. lápis, compasso anunciado dois
pontos no quadro negro da noite. Na tua
noite. Na tua morte. Não importa o nome
ratoeira onde o ar deixa feridos sons.
João Miguel Fernandes Jorge, O Barco Vazio, Colecção Forma, Editorial Presença, 1994

Sem comentários:
Enviar um comentário