Só a palavra nos põe em contacto com as coisas mudas. A natureza e os animais são desde logo prisioneiros de uma língua, falam e respondem a signos, mesmo quando se calam; só o homem consegue interromper, na palavra, a língua infinita da natureza e colocar-se por um instante diante das coisas mudas. A rosa informulada, a ideia da rosa, só existe para o homem.
Giorgio Agamben, Ideia da Prosa, João Barrento (trad.), Livros Cotovia, 1999
Giorgio Agamben, Ideia da Prosa, João Barrento (trad.), Livros Cotovia, 1999
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