É a minha estrela
Tem o feitio de uma mão
É a minha mão subida ao céu
Durante toda a guerra via Órion por uma fresta
Quando os Zeppelins vinham bombardear Paris vi-
nham sempre de Órion
Hoje tenho-a por cima da cabeça
O mastro grande trespassa a palma da mão que deve
sofrer
Como a minha mão decepada me faz sofrer
Trespassada que está por um dardo contínuo
Blaise Cendrars, Folhas de Viagem, Liberto Cruz (trad.), Assírio & Alvim, 2004
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