Parecia findar, no pavio.
E estava lá, afundado
na água da cera,
um fulgor de nada,
a deflagração.
*
Atravessou o átrio,
abriu uma porta,
desapareceu. A chuva,
a suavidade da noite,
o copo de aguardente,
o último reduto por fechar.
*
A hora cega em que só vemos
a pele dos olhos a quebrar.
*
Eu canto o que não sei.
Joaquim Manuel Magalhães, Uma Luz com um Toldo Vermelho, Colecção Forma, Presença, 1990
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