sábado, 26 de dezembro de 2009

...
Ando à procura do vazio que falasse
do nosso encontro, do modo como durou a mão
pela primeira vez, das ramblas enegrecidas a flores
e sou um aprendiz sem jeito, a bênção
das expressões felizes não acode e paro,
sufocado pelas imagens sem voz, nessa praça
onde tu me indicas a paragem de autocarro
e depois segues para lugares distantes
donde só à noite, donde nunca mais, hás-de voltar
...

Joaquim Manuel Magalhães, Uma Luz com um Toldo Vermelho, Colecção Forma, Presença, 1990

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