terça-feira, 28 de julho de 2009

A Ilíada

Há vários livros de que gosto muito. Mas a Ilíada é o livro da minha vida. Em 2005, acabada de chegar à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa para estudar Clássicas e enquanto esperava que saísse a (excelente) tradução do Professor Frederico Lourenço, que saíu nesse mesmo ano de 2005, comprei uma edição da Hachette Illustrated para poder ir vendo a iconografia relacionada com a obra.
Esta edição da Hachette reproduz alguma da vasta iconografia relacionada com a Ilíada e com a Odisseia e também alguma parte do texto de ambas as obras. Mesmo tendo traduzido alguns cantos a partir do original, o que me levou, muitas horas e algum sofrimento depois, a decorar acidentalmente um ou outro passo mais ou menos como está no grego, e mesmo tendo muitos passos em português guardados na cabeça, não sei porquê, a minha memória dos vv. 338 - 343 do canto IX é em inglês e desse mesmo livro da Hachette. É uma estranha estranha fala de um dos maníaco-depressivos mais famosos de todos os tempos. Neles diz Aquiles:

Why hath he assembled/ And led an army here, this son of Atreus?/Why, was it not for fine-haired Helen's sake?/ Are Atreu's sons alone of living men/ To love their wives? No, every good sound man/ Loveth his own and cared for her, as I -/ I also, loved mine own with my heart, / Though she was but the captive of my spear*.

Paul Demont (Org.), Troy: The Iliad and the Odyssey, Hachette Illustrate, Hachette, 2004.
*A tradução do texto, incluída no livro, é de William Marris, tradutor da edição da Ilíada de 1934 da Oxford University Press.

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