terça-feira, 21 de julho de 2009

Rua Anchieta. Sábado



Um Sábado quente. As ruas da baixa lisboeta quase vazias. Os portugueses arrancaram para a praia ou ficaram em casa à frente da ventoinha. Muitas mulheres estrangeiras claramente superiores em termos estéticos à fêmea lusitana. Chego à feira da rua Anchieta. Depois de uma longa caminhada, sinto-me como uma barra de manteiga a aquecer dentro do forno. Limpo o suor às calças e à camisa. Procuro O Primo Basílio numa edição boa e barata. Não encontro nada legível. Paro numa banca recheada de bons livros. Não dou 8 euros por um Robert Walser já lido (antes de tê-lo emprestado a uma alma que considerou que não me importaria que ficasse com ele). Pego num livro que me parece caro. Mau Tempo no Canal. 2 euros. Pego noutro. Longe de Manaus. 3 euros. No bolso. Numa papelaria, compro uma caneta mais cara do que os livros de Vitorino Nemésio e de Francisco José Viegas.

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