há um deus na noite excessiva dos teus cabelos
silencioso furtivo ágil forte
respira por entre a luz frágil que a penumbra
detém em pequenos círculos
adornando o teu rosto
dele retiro a expressão insondável do mármore
que sucessivos incêndios não consomem
dele também a forma como caminhas
em sucessivas vagas para além
do cristal das marés
ele pousa a mão direita nos teus ombros
ensaia a sombra perto
mas nunca me subtrai do corpo
a raiz dessa noite profunda
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