olhas o corpo nu contra o espelho:
és da cor do mar
quando anoiteces. respiras
para lá deste lado do vidro
e o teu olhar -
tão fecundo - compactua
com o sacrifício desumano das gaivotas.
olhas o corpo nu contra o espelho:
uma sombra que a forma ensombra
estende à mão
que se avizinha a súplica
de um duelo: na luz - como
na infância -
o primeiro coração palpita
na penumbra
um privilégio irrecusável.
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