Estranho poder este da lembrança: tudo o que me ofendeu me ofende, tudo o que me sorriu sorri; mas, a um apelo de abandono, a um esquecimento real, a bruma da distância levanta-se-me sobre tudo, acena-me à comoção que não é alegre nem triste mas apenas comovente...Dói-me o que sofri e recordo, não o que sofri e evoco.
Vergílio Ferreira, Manhã Submersa, Quetzal, 2008 (27ªed.)
Vergílio Ferreira, Manhã Submersa, Quetzal, 2008 (27ªed.)
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