segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Uma vida realmente boa

Essa felicidade teria algo em comum com a sua infância, com o entusiasmo que nele despertava a poesia lírica russa, com um certo horizonte vespertino que uma vez vira num sonho e com aquela dama, mulher de outro homem, que em desespero amara durante sete anos; mas seria ainda mais plena e significativa do que tudo isso. Além do mais sentia que uma vida realmente boa deiva orientar-se para alguma coisa ou alguém.

Vladimir Nabokov, "Nuvem, Castelo, Lago", Telma Costa (trad.), Contos Completos, Vol. II, Teorema, 2003

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