terça-feira, 22 de setembro de 2009

Les Fleurs du Mal, Baudelaire






















Por vezes temos histórias com livros que nunca lemos. É o meu caso com As Flores do Mal de Baudelaire. Comprei este livro em francês, exactamente na edição cuja imagem está representada acima. Tem andado de estante em estante e de mesa em mesa (entre mudanças de casa) há três ou quatro anos. Na altura em que o adquiri achava que sabia suficiente francês para o ler no original. Mas o livro de Baudelaire ensinou-me uma lição que me deixou melindrada. O meu francês chega para ler, digamos, André Gide (La Symphonie Pastoral, por exemplo) mas não Baudelaire. Não é que seja particularmente difícil, é que há certa poesia que exige uma concentração e uma disponibilidade que a prosa não pede, e uma leitura feita numa língua que não dominamos redobra a dificuldade. (Eu pertenço a uma geração que domina a língua inglesa mas na qual o conhecimento do francês tende a tornar-se bastante residual, e é pena.)
Hoje, três ou quatro anos depois de ter comprado Les Fleurs du Mal, fui até à biblioteca e requisitei a edição da Assírio e Alvim. Durante muito tempo procurei adquirir esta edição, nunca a encontrei e creio que está esgotada (em 1992, quando esta tradução saiu eu tinha seis anos, estava a aprender a ler e ainda não me interessava por Baudelaire).
Finalmente vou ler Les Fleurs du Mal.

4 comentários:

  1. Isto assusta-me, porque a minha história com o livro é exactamente a mesma, passando pela edição (comprada na Pretexto de Viseu), pela sobrevalorização do meu francês, com excepção da final leitura pela tradução. Comprei-a no meu 10º ano, e lá li algumas partes da Voyage e o L'Albatross com muito trabalho, mas foi isso.

    Hélas pour moi!

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  2. :D Baudelaire anda a dar-nos lições de francês a todos (tive uma professora de francês no 10º ano que me obrigou a ler a La Symphonie Pastoral, foi o melhor que ela fez).Mas fez-me sobrevalorizar o que sabia eu achava que Baudelaire, Camus, Rimbaud..

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  3. Eu sei pouco de francês. Mas Baudelaire, nessa edição da Assírio e Alvim, no ano em que saiu, marcou-me profundamente. Depois adquiri tudo o que dele havia em português. Só não tenho a outra tradução d'As Flores do Mal...

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  4. Olá
    Aconselho a nao adquirir a traduçao de Maria Gabriela Llansol saído pela Relógio d'água. É intragável, além de desonesto, pois a tradutora não traduz, mas cria novo texto e novas palavras.

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