a arte da morte, a lua de outubro.
As canas escondem o caminho.
A minha mão tocou-te. O mar
tributa essa canção de vida.
Depois parto. A floresta vê
o silencioso orvalho pousar.
O artifício da linguagem inventa
almas. E o olhar acredita,
vai de noite, encontra as gentes
que do promontório viam o navio.
A arte da morte. A poesia.
Joaquim Manuel Magalhães, Segredos, Sebes, Aluviões, Colecção Forma, Editorial Presença, 1985.
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