segunda-feira, 5 de abril de 2010

Bebedeira


Não esquecerei certa noite passada
_____deitado a beber de dois odres.
E dormi bêbedo entre um e outro,
_____
menino que finge que dorme entre dois peitos.

Abû Tammâm de Calatrava
Tradução: André Simões

لم أَنْسَ ليلاً قِطْعةٌ وأنــــــا __ مُتَّكئٌ لاِصْطِحابِ زَقَّــيْنِ
وَنَمْتُ سَكْرانَ بَينَ ذاكَ وذا
_ تَناوُمَ الطِّفْلِ بَينَ ثَدْيَـيْنِ

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Trata-se de uma khamriyya, um poema sobre vinho (khamr), tema muito popular na poesia árabe clássica.

3 comentários:

  1. E pensar que agora os desgraçados não podem beber álcool...
    Ah se o Omar Khayyām fosse vivo!
    Uma "green sands" (ainda existe?) será que já se pode?

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  2. não podem mas bebem ;) a esse propósito vou prantar aqui um de um marroquino contemporâneo

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  3. não referi, mas posso fazê-lo agora. Como sabemos, "cultura árabe" não é o mesmo que "cultura islâmica", e só nesta (julgo eu) é que o álcool é proibido. Mas na maioria dos casos confundem-se, infelizmente.

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