O amanhã, antes de sê-lo, nunca o parece,
mas quando já chegou há sempre alguém
que diz: está a acontecer uma coisa terrível.
Em algum lugar talvez já estejas perdido.
Há pensamentos que hoje estão aqui:
só é preciso que o ódio se eleve como os fogos
provocados nas escuras e ventosas noites de Verão,
enquanto, profundamente, dormes na tua cama
com uma, sempre estúpida, inocência.
Joan Margarit, Casa da Misericórdia, Ovni, Entroncamento, 2009 (tradução de Rita Custódio e Àlex Tarradellas)
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