terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Odes, I.11

Tu não perguntes (é-nos proibido pelos deuses saber) que fim a mim, a ti,
os deuses deram, Leucónoe, nem ensaies cálculos babilónicos.
Como é melhor suportar o que quer que o futuro reserve,
quer Júpiter muitos invernos nos tenha concedido, quer um último,

este que agora o tirreno mar quebranta ante os rochedos que se lhe opõem.
Sê sensata, decanta o vinho, e faz de uma longa esperança
um breve momento. Enquanto falamos, já invejoso terá fugido o tempo:
colhe cada dia, confiando o menos possível no amanhã.

Horácio, Odes, Pedro Braga Falcão (trad.), Livros Cotovia, 2008

(É inútil dizer que o colhe cada dia é o carpe diem. Certo?)
Justificar completamente

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