quinta-feira, 8 de abril de 2010

janela


não sobrou nada:
só a ferida da memória.
e o ponto de encontro
e o cheiro das folhas em livros usados.

da janela:
uma canção entoa um amor antigo.

Como se fosse escrever o livro dos mortos -
torna-se a noite no seu costume.

Como se para brincar com uma tristeza que o acompanha -
dança sozinho na noite.

Hassan Najmi
(Marrocos - n. 1959)

Tradução: André Simões
Revisão: Nádia Bentahar
النافذة

لم يبق شيء:
جرح الذكرى فقط.
ومكان اللقاء.
ورائحة الورق في كتب مستعملة.

من النافذة:
صوت أغنية حب قديم.

كأنما سيكتب كتاب الموتى -
صار الليل عادته.

كأنما ليداعب حزنا يرافقه -
يرقص وحيدا، في الليل

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