Uma pequena estação no troço da linha de caminho de ferro que leva à Rússia. Quatro carris paralelos corriam a direito e a perder de vista em ambos os sentidos, entre o cascalho amarelado do leito da via. Ao lado de cada um, como uma sombra suja, o risco escuro marcado no chão pela saída de vapor.
Por trás do edifício da estação, baixo e pintado a óleo, uma estrada larga, em mau estado, conduzia à rampa de acesso à gare. As bermas perdiam-se no chão pisado e só eram reconhecidas pelos dois renques de acácias que, tristes e de folhas sequiosas, estranguladas pelo pó e pela fuligem, delimitavam a estrada de ambos os lados.
Robert Musil, As Perturbações do Pupilo Törless, João Barrento (trad.), Obras I, Dom Quixote, 2005.
Por trás do edifício da estação, baixo e pintado a óleo, uma estrada larga, em mau estado, conduzia à rampa de acesso à gare. As bermas perdiam-se no chão pisado e só eram reconhecidas pelos dois renques de acácias que, tristes e de folhas sequiosas, estranguladas pelo pó e pela fuligem, delimitavam a estrada de ambos os lados.
Robert Musil, As Perturbações do Pupilo Törless, João Barrento (trad.), Obras I, Dom Quixote, 2005.
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