Há qualquer coisa de maravilhoso nestas fotografias de bastidores de Jazz de Dennis Stock, os jogos de luz na fotografia, a posição dos corpos dos músicos. Qualquer coisa nestas fotografias de antecâmaras que me recorda aqueles versos de Pessoa:
(...)Eu sou um rei/que voluntariamente abandonei/O meu trono de sonhos e cansaços./Minha espada, pesada a braços lassos,/Em mão viris e calmas entreguei;/E meu cetro e coroa — eu os deixei/Na antecâmara, feitos em pedaços//Minha cota de malha, tão inútil,/Minhas esporas de um tinir tão fútil,/Deixei-as pela fria escadaria.//Despi a realeza, corpo e alma,/E regressei à noite antiga e calma/Como a paisagem ao morrer do dia.
(...)Eu sou um rei/que voluntariamente abandonei/O meu trono de sonhos e cansaços./Minha espada, pesada a braços lassos,/Em mão viris e calmas entreguei;/E meu cetro e coroa — eu os deixei/Na antecâmara, feitos em pedaços//Minha cota de malha, tão inútil,/Minhas esporas de um tinir tão fútil,/Deixei-as pela fria escadaria.//Despi a realeza, corpo e alma,/E regressei à noite antiga e calma/Como a paisagem ao morrer do dia.
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