Louvada seja a voz que vem de longe
a bela ondulação da angra de Helena
os figos que reluzem na axila do nopal
os escombros do futuro e a sua aranha
As noites sem fim com as nossas entranhas
o relógio com insónias que não vale nada
um leito negro no seu périplo sem fim
pelas roucas paragens da Galáxia
Odysséas Elytis, Louvada Seja (Áxion Estí), Manuel Resende (trad.), Assírio & Alvim, 2004.
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