Ateei o fogo
quebrei as portas de bronze
desfiz sinais nas pedras lisas
enlouqueci os adivinhos
minha língua tornou-se tão estranha
que não se pode entender
as multidões vitoriosas
levantam em teu nome grinaldas
tamboris e danças
despojos de várias cores
tomo o caminho por onde vieste
tropeçando como os que não têm olhos
José Tolentino Mendonça, A Estrada Branca, Assírio & Alvim, Lisboa, 2005
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