Árvore a árvore, pedra a pedra, atravessaram o mundo,
com espinhos por travesseiro atravessaram o sono.
Traziam a vida nas duas mãos ressequidas como um rio.
Em cada passo ganhavam uma braça de céu - para o
................................................................................[darem.
De sentinela, no alto das guaritas, estavam petrificados como
.......................................................................[árvores queimadas,
e quando dançavam na praça
dentro das casas tremiam os tectos e tilintavam os vidros
............................................................................[nos armários.
Giánnis Ritsos, Antologia, Custódio Magueijo (trad.), Fora do Texto, 1993.
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