Louvada seja a névoa entre as ervas
no calcanhar molhado o frrte do lagarto
Mnesaretê cujo olhar profundo
não sendo cordeiro dá a absolvição
O vento despertando ouro no sino
e o cavaleiro prestes a perder-se no poente
e o outro cavaleiro do espírito
que desfia ao avesso as ruínas do tempo
Numa noite de Junho as azuis tréguas
jasmins e saias que enchem o jardim
o bichinho dos astros que sobe no ar
o instante de alegria antes das lágrimas
Odysséas Elytis, Louvada Seja (Áxion Estí), Manuel Resende (trad.), Assírio & Alvim, 2004.
Sem comentários:
Enviar um comentário