Há uma coisa que Elytis escreveu em Maria Neféli, um verso, dois talvez, em que se diz «A lei que sou não me submeterá.» Pensava que isto era: eu não me submeto à lei que sou. Isto é, eu escolho, a lei formula-se em função disso, em última análise, sou a minha lei, a minha própria norma. Tenho percebido que não é isso, é ao contrário, a lei que sou agora não pode aplicar-se sobre mim mais tarde, pode continuar a ser lei e eu falhar-lhe, ser então ánómós.
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