sábado, 10 de setembro de 2011

A lei que sou

Há uma coisa que Elytis escreveu em Maria Neféli, um verso, dois talvez, em que se diz «A lei que sou não me submeterá.» Pensava que isto era: eu não me submeto à lei que sou. Isto é, eu escolho, a lei formula-se em função disso, em última análise, sou a minha lei, a minha própria norma. Tenho percebido que não é isso, é ao contrário, a lei que sou agora não pode aplicar-se sobre mim mais tarde, pode continuar a ser lei e eu falhar-lhe, ser então ánómós.

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