Não acredito que a poesia tenha encontrado um lugar ao sol do mercado editorial, nem que, em suas melhores e mais honestas experiências, seja isso o que ela busca. E tenho a pretensão de ter encontrado a razão desse tão longo divórcio entre a poesia e o comércio na Roma Imperial, no século 1º a.C.: é o que chamo de "a maldição de Horácio".
Em Roma, e naquele momento, surgiu o primeiro esboço de algo semelhante às nossas livrarias, as "tabernae librariae", pequenas lojas onde os livros podiam ser folheados e até comprados por gente de fora dos círculos intelectuais dos escritores. Pois bem, é ali, em pleno nascimento do comércio do livro, que o poeta Horácio, o mesmo do "carpe diem", decide se recusar a ter seus livros expostos ao manuseio ou venda nas "tabernae librariae".
Vale a pena continuar a ler aqui.
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