sábado, 3 de setembro de 2011

Clinamen

Retorno

Vemos de novo, os caminhos arpoados
na falange do sexo, o trevo, enforcado
nas folhas, a pedra onde perdes os pés.

Só o que seca, oculto,
no interior do crânio sangra,
como antigamente, no ar,
os homens
preferem, na rota do âmbar,
os dias e noites, dispersos
o colar preso no brilho
de um músculo roubado à sombra.

Gil de Carvalho, Viagens: 1978-2008, Assírio & Alvim, 2008.

Sem comentários:

Enviar um comentário