quinta-feira, 2 de junho de 2011

Mar da manhã

Que eu me detenha aqui. E que também eu veja um pouco a natureza.
De um mar da manhã e de um céu sem nuvens
roxas cores brilhantes e margem amarela; tudo
belo e grande iluminado.

Que eu me detenha aqui. E que me engane para ver isto
(vi de verdade isto por um instante quando primeiro me detive);
e não aqui também os meus devaneios,
as minhas recordações, os modelos da volúpia.

Konstandinos Kavafis, Poemas e Prosas, Joaquim Manuel Magalhães e Nikos Pratsinis (trads.), Relógio d'Água, 1994

Sem comentários:

Enviar um comentário