We grieve, but our grief is not bitter. In the actual life of man, sorrow, as Spinoza says somewhere, is a passage to a lesser perfection. But the sorrow with which Art fills us both purifies and initiates, if I may quote once more from the great art-critic of the Greeks. It is through Art, and through Art only, that we can realize our perfection; through Art, and trough Art only, that we can shield ourselves from the sordid perils of actual existence. This results not merely from the fact that nothing that one can imagine is worth doing, and that one can imagine everything, but from the subtle law that emotional forces, like the forces of the physical sphere, are limited in extent and energy. One can feel so much and no more.
Oscar Wilde, The Decay of Lying and Other Essays, Penguin Books, 2010.
Tenho algumas reservas em relação ao que Wilde aqui diz. Mas não é isso que importa ao caso. O que me intriga neste excerto é a articulação que isto poderia ter com o que Platão diz algures em meados do livro VII (?) da República sobre poesia. Penso que este é um passo platónico de Wilde. Não posso deixar de pensar que para os moldes em que Platão faz a condenação das artes miméticas, a linha positiva de argumentação, a oposta, seria algo de muito parecido com este passo. A somar a isto, penso que o irlandês adopta aqui uma forma que é irónica para falar deste assunto: estas linhas passam-se num diálogo, concebido à velha maneira platónica. Oo.
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