O pélago coalhado de algas e nenúfares em flor do grande padre Vieira
Certa manhã, que o ilustre professor havia terminado o petit déjeuner... Esta expressão dum hábito civilizado, irradiante como tanto pequeno nada que diz respeito à língua francesa, agastava-o no seu orgulho nacional. Mas ainda não topara substituto idóneo na língua que considerava, ele e os mestres filólogos, como a mais rica do Universo, salvo as hindus, intrincadas como a selva e a alma asiática. Pois certa manhã que já havia tomado o leitinho, no português portuguesíssimo da tia Alexandrina, e se preparava para singrar, de sonda na mão, no pélago coalhado de algas e nenúfares em flor do grande padre Vieira, deu fé que batiam à porta.
Aquilino Ribeiro, O Professor intemerato e a Gaitinha do Capador
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