quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nem tudo é duro no crocodilo. Os pulmões são esponjosos e ele sonha à beira-rio.
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A cada século a sua missa. De que é que está à espera para instituir uma grandiosa cerimónia do fastio?
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A árvore não se interessa pelo delírio do pássaro.
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Quem esconde o seu louco, morre sem voz.
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Quem canta em grupo há-de meter, quando lhe pedirem, o seu irmão na prisão.

Henri Michaux, Antologia, Margarida Vale de Gato (trad.), Relógio d'Água, 1999.


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