segunda-feira, 30 de agosto de 2010

e descendo à desolação da planície

e descendo à desolação da planície
a folha foi deixada em branco sobre
o cinzento da mesa tudo
no silêncio perfaz a avassaladora
sombra dos dias as pequenas turvas
pedras de que se compõem os nossos dias
a forma como somos pouco mais que
tesserae a hesitação das suas muitas
cores sempre inconstantes

tu como a manhã
se pela efemeridade de um gesto
que na sua brevidade
nos trouxesse de volta
os iluminados campos de setembro

1 comentário:

  1. Publicar não é importante? E nós que ousamos a poesia, Tatiana, como podemos aprender a versejar como deve ser? Muito bonito este poema...

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