sábado, 17 de julho de 2010

"Medea" de Lars von Trier, 1988
























Estou em crer que nesta Medeia tudo foi bem feito: a começar pelas cores em que o filme é realizado e a terminar no desenlace, na morte dos filhos, que, estou em crer, é totalmente mérito de Lars von Trier e não de Dreyer. A Medeia de Pasolini é um bom filme, mas este é melhor.

4 comentários:

  1. Não sei se vejo, por saber que, por muito bom que seja, o Dreyer te-lo-ia feito 10 vezes melhor. É que o Trier ao pé do Dreyer é uma Margarida Rebelo Pinto ao pé de um Fernando Pessoa. Algo do género.

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  2. O filme, como o temos, é fundamentalmente Von Trier. A morte dos filhos, como te disse noutro comentário, saiu directamente da cabeça dele: não tem nada que ver com o que o Dreyer deixou escrito (uma cena próxima da do Pasolini). O filme que Dreyer teria feito, nunca o saberemos, e não vale a pena comparar o trabalho do Von Trier com um fantasma.

    Fico muito contente que tenhas gostado do filme, Tatiana. Creio mesmo que é um dos melhores dele, mas eu sou suspeito: sou um grande fã do realizador. Deixo, por isso, uma sugestão para próximo filme menos conhecido dele mas também muito bom: 'The Five Obstructions', um exercício espectacular de manipulação com o seu quê de sádico e um fascinante jogo cinematográfico entre mestre e aluno.

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  3. Eu sei. Tal como sei que o Muchael Bay nunca faria um filme melhor que o Dreyer. A diferença é que o Bay não tem essas intenções, o que faz dele um realizador menos medíocre que o Trier. Ih, ih.

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