O que sei de Dezembro
No Nordeste,
desconheço o plaino, a praia,
o vagar dos grandes rios.
De Dezembro pouco sei,
situado aqui a norte:
sei a faina da azeitona,
sei a ausência
do agreste suco das romãs,
sei a noite prematura e alongada,
as ilegíveis páginas da água,
às vezes neves.
Mas sei lugares onde há pedras
que conversam comigo.
A. M. Pires Cabral, Arado, Livros Cotovia, 2009
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