sábado, 17 de julho de 2010

Canto décimo nono

Parei ao sol uma manhã de verão
e vi as estradas
cheias de pessoas, como outrora,
para o mercado da seda.
Os casulos nos sacos
empolavam os aventais das mulheres.
Mas de repente desapareceu tudo
e eu era um prego no meio da praça
fazendo uma sombra quente.

Tonino Guerra, O Mel, Mário Rui de Oliveira (trad.), Assírio & Alvim, 2003

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