quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ardens sed Virens

Belo o que no fogo belo
Se não faz em cinza ardida!
Irmã, olha, assim não me és querida,
Ardente e não consumida.

Vi finos arrefecer
Fogosos vi na descida.
Irmã, posso-te reter
Ardente e não consumida.

Ai, nunca houve pra ti montada
Pra fugir da batalha perdida.
E vi-te combater acautelada
Ardente e não consumida.

Bertolt Brecht, Poemas, Paulo Quintela (trad.), Asa, 2007.

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