Quando sai a lua
perdem-se os sinos
e aparecem as sendas
impenetráveis.
Quando sai a lua,
o mar cobre a terra
e o coração sente-se
ilha no infinito.
Ninguém come laranjas
sob a lua cheia.
É preciso comer
fruta verde e gelada.
Quando sai a lua
de cem rostos iguais,
a moeda de prata
soluça na algibeira.
perdem-se os sinos
e aparecem as sendas
impenetráveis.
Quando sai a lua,
o mar cobre a terra
e o coração sente-se
ilha no infinito.
Ninguém come laranjas
sob a lua cheia.
É preciso comer
fruta verde e gelada.
Quando sai a lua
de cem rostos iguais,
a moeda de prata
soluça na algibeira.
Federico García Lorca, in Canções de Lua, Obra Poética, José Bento (trad.), Relógio d'Água, 2007.
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