quarta-feira, 9 de junho de 2010

Depois da escrita

Eu convoco o lugar onde ninguém está, onde o olhar é
raro, e o ruído
é a plana e fugaz vontade do pensamento.

Será esta a vertigem, o abandonado court de ténis após as
chuvas de uma da tarde de maio,
a linguagem mais branda de uma poça de água na
imperfeita sintética superfície.

Eu começo depois da escrita, toda a escrita começa depois
da escrita.

Luís Quintais, Mais Espesso que a Água, Livros Cotovia, 2008

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