terça-feira, 29 de junho de 2010

O póstumo

Por mim confesso: não
Tenho esperança nenhuma.
Os cegos falam duma saída. Mas eu
Vejo.

Quando os erros estiverem todos gastos,
Estará sentado, como último companheiro,
Em nossa frente o Nada.

Bertolt Brecht, Poemas, Paulo Quintela (trad.), Asa, 2007.

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