Nada em ti me comove, Natureza, nem
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
nem pastorais do Sul, com seu eco tão rubro,
A solene dolência dos poetas, além.
Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções
Da poesia, dos templos e das espirais,
Lançadas para o céu vazio plas catedrais.
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.
Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
Dessa velha ironia a que chamam Amor.
Paul Verlaine, Poemas Saturnianos e Outros, Fernando Pinto do Amaral (trad.) Assírio & Alvim, 1994
Faustos das madrugadas, nem campos fecundos,
nem pastorais do Sul, com seu eco tão rubro,
A solene dolência dos poetas, além.
Eu rio-me da Arte, do Homem, das canções
Da poesia, dos templos e das espirais,
Lançadas para o céu vazio plas catedrais.
Vejo com os mesmos olhos os maus e os bons.
Não creio em Deus, abjuro e renego qualquer
Pensamento, e nem posso ouvir sequer falar
Dessa velha ironia a que chamam Amor.
Paul Verlaine, Poemas Saturnianos e Outros, Fernando Pinto do Amaral (trad.) Assírio & Alvim, 1994
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