terça-feira, 10 de novembro de 2009

«Ulysses» de Mario Camerini, 1954



















Esta adaptação cinematográfica da Odisseia é divertida mas um pouco fraca. Não tenho, contudo, memória de alguma vez ter visto uma adaptação dos poemas homéricos que rivalizasse com os livros. (Não, nem aquela com o truque baixo das pernas-do-Brad-Pitt-que-não-eram-dele. )
Um bom argumento baseado em determinada obra, nas mãos de um realizador hábil a dirigir grandes actores, tem sempre grandes hipóteses de suplantar o livro que lhe serve de base, diria até que tem obrigação de fazê-lo.
Não o fazer significa que há uma parte de encanto que certos livros conseguem guardar mesmo quando trazidos à vida, o encanto próprio da literatura que é uma coisa que eu ainda não consegui muito bem explicar.
À parte ser um pouco fraca, esta adaptação da Odisseia divertiu-me, afinal de contas, é o Kirk Douglas a fazer de Ulisses e o Anthony Quinn a fazer de Antínoo.

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