quarta-feira, 11 de novembro de 2009

(Como Ariadne Costurando Umbrais)

A meada doba e roda a mão fechada
Em seu silêncio de coisa destruída
Como despetalada uma corola aberta
Boca, ferida, cratera
Círculo que resiste à forma da palavra.

A teia é movimento que persiste
Em sua paciência.
Como Ariadne costurando umbrais
Para que Teseu possa vir do nada.

Daniel Faria, Poesia, Vera Vouga (edt.), Quasi, 2009 (3a ed.)

Sem comentários:

Enviar um comentário