A meada doba e roda a mão fechada
Em seu silêncio de coisa destruída
Como despetalada uma corola aberta
Boca, ferida, cratera
Círculo que resiste à forma da palavra.
A teia é movimento que persiste
Em sua paciência.
Como Ariadne costurando umbrais
Para que Teseu possa vir do nada.
Daniel Faria, Poesia, Vera Vouga (edt.), Quasi, 2009 (3a ed.)
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