sábado, 21 de novembro de 2009

IX

As vozes silenciam o medo.
Espero sempre que alguém cante para que a palavra
seja o estremecimento puro de uma revelação,
um relâmpago subtil que traga de uma vez
a dupla face do signo.
A matéria cindida à luz daquele que,
desejando,
nomeia.
Como se na distância o seu brilho fosse frio e completo.

João Moita, O Vento Soprado como Sangue, Cosmorama Edições, 2009

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