quarta-feira, 25 de novembro de 2009

De vez em quando

O mar, se acaso alguém
fechando a mão o faz como se às praias
assim o subtraísse, o mar ligado
por cem mil cordas ao meu leito,

reduz-se a poucas vagas; porque há poros
na pele onde por onde o espírito goteja, há também quem
da parte envidraçada do seu espírito
de vez em quando as veja rebentar.

Luís Miguel Nava, Poesia Completa: 1979 - 1994, Publicações D. Quixote, 2002

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