Isto explica que, em todas as épocas, as infelicidades representadas na tragédia apareçam com uma certa luz que resgata o horror ou amargura. O exemplo da Antígona é uma prova célebre; porque, ao ver a peça de Sófocles, ninguém se prenderá ao aspecto desolador da peça: pelo contrário, conservamos no coração a admiração pela heroína; e, em todos os momentos da história se encontram homens para serem estimulados e encorajados.
Jacqueline de Romilly, A Tragédia Grega, Leonor Santa Bárbara (trad.), Edições 70, 1997.
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