sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Tão estranha

Tão estranha pra mim
esta rosa, este doce brotar
esta ausência pensativa
ou luz sobre uma face que se furta...
Como um dia de primavera
quando se pressente qualquer coisa e se prende bem
por um instante, um segundo
imutável
qualquer coisa que nunca será verão

Gunnar Ekelöf, Antologia Poética, Vasco Graça Moura (trad.), Quetzal Editores, 1992

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